↑ Voltar para Sobre o SIMMAM

Histórico

O SIMMAM surgiu como um projeto interno do Laboratório de Oceanografia Biológica do CTTMar/UNIVALI, buscando um modo de organizar dados de avistagens de cetáceos. Em 2000, a UNIVALI estabeleceu um convênio de cooperação técnico-científica com o governo federal para a coleta de dados de estatística pesqueira que incluía dados registrados por observadores de bordo. Dentre as diversas funções destes observadores estava o registro de avistagens e interações de mamíferos marinhos com a atividade pesqueira. Com o aumento do volume de dados coletados fez-se necessário implementar um modo de organizar os mesmos e visualizá-los.

A idéia de utilizar um webSIG para gerir estes dados veio do Laboratório de Computação Aplicada do CTTMar, que havia desenvolvido sistemas similares ligados à gestão pesqueira. Com a união de esforços dos dois laboratórios surgiu a idéia do SIMMAM.

Em 2002 deu-se início à estruturação formal do sistema, com o desenvolvimento da dissertação de mestrado da bióloga Cristiane Moraes no Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental do CTTMar. Ao longo de dois anos a mesma trabalhou em parceria com os programadores do Laboratório de Computação Aplicada para estruturar e implementar a primeira versão do SIMMAM. Nesta época, uma versão inicial do mesmo foi apresentada em uma reunião do Grupo de Trabalho Especial em Mamíferos Aquáticos, ligado ao IBAMA. O Centro Mamíferos Aquáticos – CMA viu no mesmo o potencial de utilizar o sistema como uma ferramenta de integração das redes de encalhes, que estavam sendo implementadas na mesma época.

Em 2005 a dissertação de Cristiane Moraes foi defendida e o SIMMAM foi lançado oficialmente. Em 2007 foi firmado um acordo de cooperação técnica entre o CMA/IBAMA e a UNIVALI, visando o uso do SIMMAM pelas redes de encalhes de mamíferos aquáticos em toda a costa brasileira.

Neste mesmo ano a oceanógrafa Mariana de Karam e Britto iniciou seu mestrado que tinha como objetivo utilizar o SIMMAM para avaliar os dados coletados por observadores de bordo, mas desta vez da prospecção sísmica. Este projeto foi apoiado pelo FunBIO e permitiu que a mesma coletasse e analisasse dados existentes em mais de oito anos de relatórios que eram encaminhados pelos observadores de bordo de navios de sísmica. Após aprovados, tais relatórios eram simplesmente armazenados nos escritórios da Coordenação Geral de Petróleo e Gás – CGPEG doIBAMA. Desde então a CGPEG tem sido apoiadora do sistema, utilizando o mesmo nos seus processos de licenciamento ambiental.

Apesar de ter sido atualizado continuamente ao longo do tempo, viu-se que era necessário uma grande reformulação do SIMMAM, e a partir de 2008 se iniciou o desenvolvimento do SIMMAM 2.0. Em 2010 o CNPq lançou o Edital MCT/CNPq/MMA/MEC/CAPES/FNDCT – Ação Transversal/FAPs Nº 47/2010, que tinha como um de seus objetivos o desenvolvimento de redes temáticas para ampliação do conhecimento sobre a biota, o papel funcional, uso e conservação da biodiversidade brasileira. O projeto de reestruturação do SIMMAM foi submetido e aprovado, dando origem à “Rede para o Mapeamento da Biodiversidade de Mamíferos Marinhos na Costa Brasileira”, que tem no SIMMAM sua maior ferramenta.